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Os registros de aplicações de energia elétrica no cérebro humano com propósitos de pesquisa, diagnósticos e terapêuticos têm apresentado íntima associação com a psiquiatria desde o século passado. Berger foi o primeiro a registrar atividade elétrica cerebral em 1929, Cerletti e Beni publicaram os resultados do uso da eletroconvulsoterapia em 1938 e o campo dos potenciais evocados vem progredindo continuamente desde sua introdução por Dawson em 1949.
O primeiro exemplo de um efeito fisiológico devido a um campo magnético variável no tempo foi descrito por d'Arsonval em 1886.Ele observou o aparecimento de "fosfenos" (flash de luz percebido pelo indivíduo), contrações musculares e vertigem quando o indivíduo colocava a cabeça no interior de uma bobina elétrica com freqüência de descarga de 42 Hz. Poucos estudos dos efeitos da variação de campos magnéticos foram conduzidos durante a primeira metade do século passado. Bickford e Freming em 1965 demonstraram a estimulação magnética não-invasiva dos nervos faciais.

A estimulação cerebral por meio de ondas magnéticas foi introduzida por Barker et al. em 1985 (figura ao lado), que desenvolveram um neuroestimulador com utilidade clínica, capaz de gerar pulsos suficientemente breves que permitiam a obtenção de potenciais nervosos e motores evocados.
Desde o desenvolvimento dos estimuladores com bobinas compactas, a estimulação magnética de pulsos simples tornou-se uma ferramenta singular na avaliação do sistema motor humano em indivíduos sãos ou enfermos (Mills, 1991; Rothwell et. Al. 1991, Murray, 1992).
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O desenvolvimento recente de estimuladores capazes de estímulos com freqüência superior a 60 Hz permitiu grande expansão nas aplicações da TMS no estudo das funções cognitivas superiores (Cadwell, 1991; Pascual-Leone, Gates e Duna, 1991). A estimulação magnética transcraniana pode prover informações ímpares sobre a topografia e organização temporal do processo cognitivo humano e permite correlacionar os efeitos comportamentais objetivos dos estímulos com a percepção subjetiva dos indivíduos.

Estudos preliminares de dominância hemisférica da linguagem usando a rTMS encontram reações afetivas em um considerável numero de indivíduos após a estimulação do córtex frontal esquerdo (dominante). Esses pacientes relatavam tristeza e apresentavam choro. Lesões isquêmicas do córtex frontal esquerdo estão freqüentemente associadas com a depressão pós-traumática. Pacientes com esclerose múltipla que tem comorbidade com depressão apresentam significantemente mais placas na substancia branca do hemisfério esquerdo que os pacientes com esclerose múltipla não deprimidos. Durante procedimento de sódio amobarbital intracarótida, a inativação do hemisfério esquerdo, mas não do direito, freqüentemente produz um estado de humor negativo. Pardo et. Al. mostraram que a atividade do córtex prefrontal esquerdo aumenta quando o indivíduo é solicitado a pensar em coisas tristes. Finalmente, estudos estruturais (TC e RMN) e funcionais (SPECT e PET) tem descrito anormalidades no córtex prefrontal esquerdo na depressão primaria e secundaria.

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A interdependência entre ambas energias, a possibilidade de se produzir despolarização neuronal à semelhança da estimulação elétrica convencional e os primeiros achados casuais sobre os efeitos no humor de pacientes submetidos a estudos com estimulação magnética levaram diversos autores ao redor do mundo à aplicação experimental desta técnica. Desde 1995 observa-se 

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progressivo aumento das publicações do uso da rTMS particularmente com efeitos positivos na depressão. Foi fundada a International Society of Transcranial Stimulation (ISTS), com sede na Suíça, que hoje conta com uma lista de mais de 80 pesquisadores nesta área Um banco de dados que pode ser encontrado no site da ISTS (http://www.ists.unibe.ch/) onde se encontra uma tabela descrevendo aproximadamente 50 ensaios clínicos (publicados e/ou em andamento) neste campo.

 

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